Antes de entrar diretamente nos temas Rentabilidade e Precificação (serão abordados em seguida) é muito importante, entender como funcionam os custos de sua atividade.
Primeiramente é necessário ter mapeado todas as etapas do processo produtivo (indústrias), rotina de compra e venda (comércio) e rotinas na prestação de serviço (serviço), para poder mensurar quanto é consumido (gasto R$) em cada etapa desses processos.
Após apuração de todos os gastos inerentes a essas atividades, o próximo passo é separá-los em custos fixos e custos variáveis.
Custos Fixos: São aqueles que independente da empresa vender um produto ou prestar um serviço, ele são pagos. Ou seja, independem do volume de vendas.
Ex: Aluguel de Prédio – Independente das vendas/serviços será pago ao final do mês.
Custos Variáveis: Estão relacionados diretamente com o volume de vendas/serviços da empresa. Ou seja, se no período atual a empresa vendeu mais que no anterior, terá um custo variável maior no período corrente.
Ex: Custo da Mercadoria Vendida – Quanto mais a empresa vender determinada mercadoria, mais custo ele terá, pois precisou consumir mais estoque para suprir essa saída. (obviamente também terá um faturamento maior com essa mercadoria)
Outro dado importante é a Margem de contribuição (MC), que é o seu “ganho bruto” sobre cada venda realizada, ou seja, MC é a diferença entre valor vendido e custo variável de determinada venda.
MC unitária = Venda unitária – Custo Variável unitário
Ex: Venda de um CD por R$ 20,00 – Preço de Custo do CD R$ 15,00 = Margem de Contribuição R$ 5,00.
Com a definição do valor da margem de contribuição do produto/serviço, podemos agora encontrar o ponto de equilíbrio (PE) da sua empresa.
Mas o que é esse ponto de equilíbrio?
O PE nos informa a partir de que momento (volume de vendas ou prestação de serviços) a empresa irá começar a ter lucro operacional sobre suas atividades, porque até determinado instante, todo “lucro bruto” gerado (conforme exemplo da MC) servirá apenas para “cobrir” os custos fixos da entidade naquele período.
Utilizando os mesmo dados dos exemplos acima:
Ex: Cada venda de CD gera uma MC de R$ 5,00.
O único Custo Fixo que a empresa possui é um aluguel mensal de R$ 500,00
Então, para a empresa cobrir seus custos fixos e começar a ter lucro “de fato” ela terá que vender 100 CD’s. Esse é o seu ponto de equilíbrio, momento em que o seu resultado estará zerado.
- Volume de vendas é compatível com a realidade do mercado;
- Margem de lucro está suprindo suas necessidades ou fora da realidade;
- Preço está de acordo com o mercado;
- Se o produto é viável.
Muito esclarecedor Daniel! No caso de empresa prestadora de serviços, onde não se vende um produto, como podemos chegar a MC sobre cada serviço prestado, uma vez que pode ser variado?
ResponderExcluirOi Patrícia! Nesse caso de prestação de serviço vai depender do tipo de atividade...
ResponderExcluirPorque para definirmos o que é custo variável, temos que conhecer todos os gastos inerentes a cada prestação de serviço.
Então poderemos ter:
- Uma MC média, pois como você mesma disse, os gastos podem ser variados. (após fazer uma análise estatística)
- Uma MC para cada serviço. (definindo um padrão para cada prestação)
Se quiser compartilhar um caso prático, fique a vontade.